Umas das primeiras perguntas que nos fazem quando criança e que nos faz pensar de certa maneira na vida em uma perspectiva de longo prazo é a famosa: o que você quer ser quando crescer? E claro para muitos a resposta estava na ponta da língua, poderia ser qualquer coisa que surgia em sua mente, a vida deste ângulo parecia ser tão simples. Quero ser isto ou aquilo! Naquele momento o coração se enchia de alegria e então seremos isso ou aquilo. É claro que para quem respondeu “ser grande” pode ter sido mais uma das decepções que a vida ainda há de te mostrar, mas brincadeiras a parte, conforme o tempo passa o mundo nos mostra que somos somente mais um, o problema é quando realmente nos sentimos apenas mais um. Quando tomamos ciência que se você quer ser é preciso fazer acontecer e este caminho pode ser doloroso para maioria dos indivíduos, nos tornamos adultos com sonhos, planos, objetivos e estabelecemos meios de como alcança-los.
Nossos sonhos nos motivam a seguir em direção ao nosso destino e sabe qual é? A morte, sim ela mesmo, vivemos na loucura de estar sempre se preparando e nos preparamos tanto pra quê?
A única coisa que possuímos e que nos foi dado em nossa passagem por esse mundo é o tempo, vivemos com um timer, o tempo é escasso para nós seres humanos, porém nossas necessidades e desejos não, a cada decisão perdemos segundos e mesmo não tomando você também perde, então é preciso averiguar como utilizar esse nosso tempo de maneira que seu grau de utilidade esteja em seu ponto ótimo.
Então percebemos que a pergunta que antes nós responderíamos sem algum esforço, agora se torna complexa, pois o que queremos ser enquanto nos resta tempo?
As coisas materiais e não materiais adquirimos em consequência dele, ofertarmos nosso tempo em troca de remunerações e o usamos para construir e manter relações sociais, amorosas e familiares. E assim surgem perguntas que fazemos a nós mesmos, em que ao aproximar-se do fim e olharmos nossa trajetória e nos questionarmos sobre o que fizemos com o tempo que nos foi dado?
Nada mais frustrante do que sentir que perdeu tempo, há os entusiastas do “a trajetória é mais importante do que o final”, podemos realizar então uma analogia entre nossa vida e a alguns momentos da série Game Of Thrones em que tudo começa meio confuso e do nada você é colocado em conflitos do mundo, há situações que te faz perder a cabeça, você diariamente acorda e diz ao seu destino que “hoje não”, há momentos que era melhor não estarmos presentes para não acabar “caindo” de uma janela e que às vezes nós não conseguimos segurar a porta, criamos ansiedade para um problema que é solucionado em uma única noite ou em um episódio de 1 hora e você sente que perdeu tempo, neste momento você desconsidera as emoções vividas e aprendizados ao longo da experiência e fica com sensação de que poderia ter sido melhor e assim seguimos até nosso destino.
Eu gosto de escrever o que não é sinônimo de escrever bons textos. Meus textos são baseados na livre criação artística e sem compromisso com a realidade, qualquer semelhança situações da vida real terá sido mera coincidência.