Eu finjo não saber que sou apenas uma distração para seu tédio, sendo eu o estepe para que a solidão não te devore e tenha que encarar teus próprios pensamentos que tenta insistentemente silenciar em sua mente.
Não somos refém dessa situação, aliás nunca fomos, não espere que eu esteja disponível ao seu bel-prazer na intenção de suprir seus insaciáveis desejos quando nenhuma opção lhe sobrar. Mesmo eu conhecendo a dor da solidão não consigo te privar da mesma e algum dia terão que se encontrar.
Entre conversas e risadas como um casal de comédia romântica sem química interpretado por péssimos atores, sigo tentando mergulhar em uma piscina rasa. Uma relação construída sem alicerce ou colunas suficientes para se manter de pé, tão frágil suscetível a qualquer lobo soprar e desmoronar diante de meus olhos, ao contrário dos três porquinhos eu não tenho para onde ir.
Sendo eu apenas uma mera opção em seu leque de relações vazias e mal acabadas, utilizado apenas para preencher esse teu coração oco brevemente, insistindo em lhe fazer sentir ao menos algum sentimento, mesmo sabendo que você se blinda em uma racionalidade covarde.
Quando finalmente encarar os seus sentimentos e a solidão lhe consumir, talvez lembre-se das mentiras que contamos um ao outro na tentativa de nos conectar.
Eu gosto de escrever o que não é sinônimo de escrever bons textos. Meus textos são baseados na livre criação artística e sem compromisso com a realidade, qualquer semelhança situações da vida real terá sido mera coincidência.