Na espera de seu príncipe em seu cavalo branco, que aparentemente em todas história surgia para acabar com “problemas”, não era assim nos filmes?
As borboletas no estômago faltava sair pela boca, nas doces palavras que ouvia de seus admiradores e como vislumbrava o mundo que agora começará a conhecer, seus pensamentos ecoavam em sua mente antes de adormecer, era ali que queria permanecer e jamais sair. Envolta em sua juventude, no auge das descobertas do mundo, cheia das incertezas, mas com vontade de se arriscar, antes menina “bela, recatada e do lar”, agora sentia vontade de se rebelar.
Assim como algumas frutas que são arrancadas de seu pé que demoram para amadurecer, já que foram colhidas antes de completar seu ciclo, não podemos simplesmente nos embrulhar dentro de um jornal e nos colocarmos em um local quente para amadurecer rápido. Cada etapa do ciclo deve ser concluída, mas uma fruta só cai do pé sozinha quando muito madura ou quando está pronta e é apanhada, mas sempre há quem não dispõe de paciência para aguardar o momento certo e nem sequer se importa se está madura ou não.
Achando que está preparada para cair do pé, mas não consegue sozinha! Quando a impaciência transvestida de paixão se aproxima, susurrando palavras de incentivo e como dizem “de boas intenções o inferno está cheio”, alguns disfarces duram mais que apenas um episódio de Scooby Doo.
Com medo de perder aquele que rodeia seus pensamentos e sonhos, a impaciência tinha olhos bonitos, uma voz maravilhosa e sabia contar boas piadas, queria permanecer em seu pé, mas talvez estivesse pronta para ser apanhada. Resistiu e indagou tentando explicar seus motivos para ficar ali e os que faziam ela querer cair, até quando a impaciência já quase não aguentando mais sustentar sua farça, começa a dar indícios de seu verdadeiro eu, assutada a jovem menina cede, acreditando nas palavras jogadas aos vento.
Assim como um fruto ainda verde, é arrancada de sua inocência, mesmo que tal ato de sua colheita houvesse consentimento já que estava “pronta” para se aventurar, a impaciência agora aliviada de finalmente possuir em suas mãos o que almejava, agora que já possui, não seria necessário mais sustentar esse disfarce de paixão, e dessa vez tal impaciência conseguiu “e as crianças enxeridas e o cachorro idiota não chegaram a tempo”.
Eu gosto de escrever o que não é sinônimo de escrever bons textos. Meus textos são baseados na livre criação artística e sem compromisso com a realidade, qualquer semelhança situações da vida real terá sido mera coincidência.